Defesa Civil pede a população que fique atenta aos sinais deslizamentos e alagamentos para evitar acidentes
Diante do grande número de ocorrências registradas neste final de semana e do risco de deslizamentos de encostas em vários pontos da cidade de Contagem, equipes da Defesa Civil e da Guarda Municipal estão, nesta segunda-feira (10/1), monitorando e vistoriando as localidades mais afetadas do município para avaliar o risco construtivo e reforçar as orientações aos atingidos pelas chuvas para que fiquem atentos aos sinais de deslizamentos e alagamentos e não permaneçam na residência, caso o imóvel tenha sido interditado.
A Defesa Civil registrou mais de 90 ocorrências neste final de semana, sendo que 70% delas estão relacionadas a deslizamentos de encosta, erosão de vias e desabamento de imóveis e muros em razão da alta saturação do solo. Mais de 20 pontos de alagamentos também foram registrados pelo órgão, que segue em estado de atenção. Acessos, como a avenida Tereza Cristina, a Trincheira do Itaú, avenida Severino Ballesteros e Francisco Firmo de Mattos estão em constante monitoramento e devem ser evitados pelos condutores durante as chuvas.
De acordo com a subsecretária de Proteção e Defesa Civil, Angela Gomes, toda a equipe está em alerta e disponível cem por cento do tempo para atender a população. Também está atendendo novos chamados e monitorando os pontos mais críticos para evitar a ocorrência de acidentes no município.
“É importante que a comunidade não fique em locais que perderam a estabilidade e que apresentam trincas horizontais ou estufamento de paredes. Se a casa perdeu parte do terreno que dava sustentação à moradia, o melhor a fazer é deixá-la. Se observar numa encosta que as árvores estão inclinadas, não estacione e não permaneça ao lado dessa talude. Evite usar enxadas. Este não é o momento para escovarmos terrenos, mas para mantermos sem nenhum tipo de alteração. Outra informação importante: se verificar afundamento no solo, acione a Defesa Civil (199). O mais importante agora é evitar o agravamento e a exposição ao risco. Felizmente ainda não tivemos nenhum registro de vítimas ou feridos na cidade”, informa a subsecretária.
Outra recomendação importante é em relação às moradias alagadas. De acordo com Angela Gomes, o morador deve evitar o contato com a água contaminada e usar calçados fechados. “Se puder, saia de casa até que a água seja totalmente drenada. A Defesa Civil e a Secretaria Municipal de Saúde distribuem material de higienização (hipoclorito e água sanitária), caso o morador não possua em casa. Ele deve retornar à casa somente após essa limpeza. Além disso, não deixe que as crianças brinquem com essa água contaminada. Caso tenham tido contato, é importante levá-las até um posto de saúde para avaliar o caso e, se necessário, tomar medicação”, salientou.
Já as famílias que residem em áreas que frequentemente inundam, a subsecretária orienta para que busquem o local mais alto da rua. “Não espere a evacuação da água dentro de casa, espere fora, em um local afastado e o mais alto possível. Evite trafegar e andar próximo de córregos, pois o nível deles repentinamente podem subir. Algumas regiões como a avenida Tereza Cristina, a Trincheira do Itaú e a avenida Francisco Firmo de Matos devem ser evitadas. Mas, caso o veículo esteja dentro de área de alagamento onde não é possível ver o fundo do solo, a recomendação é: não saia do veículo andando, pode haver boca de lobo e buracos que não estão visíveis. Portanto, todo cuidado neste momento é fundamental”, reiterou.
Para garantir assistência adequada, a Defesa Civil possui colchões novos, cestas básicas, água potável e material de limpeza, que são distribuídos conforme a necessidade. No momento, não há registros de desabrigados.