Economia desacelera, e vendas dos microempreendedores e autônomos caem 16,4%, em janeiro
● ISM, estudo exclusivo da SumUp sobre o microempreendedorismo, registrou queda abrupta na atividade econômica no primeiro mês do ano, após sucessivas melhoras
● Resultado ruim se deve, especialmente, à inflação e à queda no consumo após as festas de fim de ano
Após três meses de sucessiva melhora, as vendas dos microempreendedores e dos profissionais autônomos apresentaram uma queda abrupta de 16,4% em janeiro de 2022, ante o mesmo mês do ano passado. Em comparação a dezembro de 2021, a retração foi ainda maior, de 31,6%, apontou o Índice SumUp do Microempreendedor (ISM).
Em janeiro de 2022, o ISM atingiu 69,73 pontos. Esse foi o patamar mais baixo atingido pelo indicador em sua série histórica, iniciada em janeiro de 2015.
“O ISM foi desenvolvido pela SumUp especialmente para analisar o desempenho dos empreendedores da base da pirâmide, que correspondem a mais de 24,5 milhões de pessoas, segundo o último levantamento do IBGE. O índice mostra um retrato fiel da realidade econômica do País, pois reflete as relações de consumo das classes mais pobres, que são a maioria da população brasileira. Infelizmente, os microempreendedores e profissionais informais ainda terão um cenário desafiador pela frente”, diz Carlos Grieco, diretor de meios de pagamento da SumUp.
Renan Pieri, professor da Fundação Getúlio Vargas e um dos responsáveis por formular o índice, aponta a inflação e o recuo no consumo após as festas de fim de ano, entre outros motivos, como catalisadores da queda de desempenho econômico dos microempreendedores.
“A queda em janeiro de 2022, tanto em relação ao mesmo mês do ano passado quanto em comparação a dezembro de 2021, é bastante expressiva. O recuo do ISM em relação ao início de 2021 tem relação com o aumento dos custos de produção, causados pela inflação. A queda ante dezembro de 2021 tem um componente sazonal: nas festas de fim de ano, o consumo aumenta. Depois da virada, as pessoas têm mais impostos e dívidas para pagar, o que afeta o consumo e as vendas dos micronegócios”, diz Pieri.
Produzido pela SumUp, fintech de meios de pagamento para micro e pequenos empreendedores, o ISM é construído com base em dados de negócios de profissionais informais, além de MEIs e microempresas de todos os estados brasileiros e de mais de 30 ramos de atividades distintos.
Como funciona o ISM
A divulgação do Índice SumUp do Microempreendedor (ISM) é uma contribuição da SumUp para o País, com o intuito de ampliar o acesso às informações sobre a economia brasileira. O ISM é calculado a partir de um método estatístico robusto, mas simples, que permite explicar o desempenho do setor microvarejista.
O ISM considera fatores como sazonalidade, diferenças demográficas do País e participação de cada estado no PIB, assim como o volume de vendas processados pelos produtos da SumUp. O gráfico resultante permite entender o comportamento do mercado para microempreendedores no Brasil.
Sobre a SumUp
A SumUp é uma companhia global de serviços financeiros. Sua visão é criar um mundo em que os micro e pequenos empreendedores possam conquistar o sucesso fazendo o que amam. A SumUp atende mais de 3,5 milhões de donos de pequenos negócios em mais de 30 mercados na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, com produtos e serviços criados sob medida para o segmento.
A fintech oferece soluções completas para seus clientes, como maquininhas de cartão, conta digital, links de pagamento, loja virtual, empréstimos e educação financeira. No Brasil, a SumUp está presente desde 2013, empregando 1.000 pessoas, sendo 60% mulheres e 24% LGBTQIAP+. Em março de 2021, a fintech anunciou um aporte de 225 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão) na operação brasileira, a fim de expandir seus negócios e seguir empoderando microempreendedores do País.