Semana da Indústria 2022 tem início com palestra sobre a importância do setor para a cidade
A importância da indústria de Contagem para os demais setores econômicos do próprio município e o ambiente de inovação tecnológica que opera na cidade foram os temas do primeiro dia das atividades da Semana da Indústria 2022, organizada pela Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, em parceria com o Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais – Ciemg e a participação da Associação Comercial e Industrial de Contagem – ACIC e do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais – Sinduscon-MG.
Estiveram presentes à mesa de abertura o prefeito de Contagem em exercício, Ricardo Faria, o secretário de Desenvolvimento Econômico, René Vilela, o presidente do Centro Industrial e empresarial de Minas Gerais – Ciemg e o diretor-financeiro da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – Fiemg, Fábio Sacioto, a vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Alessandra Curi Halabi, o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Contagem e presidente do G7, Rogério Silva Lisboa, e a presidente da Associação Comercial e Industrial de Contagem – ACIC, Sandrelli Rois.
“E se não existisse o setor industrial de Contagem!?”, provocou a gerente de estudos econômicos da Fiemg, Daniela Brito, responsável pela palestra de abertura da Semana da Indústria. Ela fez um exercício de extração hipotética para ajudar no dimensionamento da importância da indústria para o município, mas também para todo o Estado de Minas Gerais.
Na demarcação do perfil econômico do município, Brito explicou que Contagem tem um Produto Interno Bruto – PIB de mais de R$ 30,5 bilhões (dados de 2019), o que representa cerca de 4,7% do PIB de Minas Gerais. “A cidade contribui com R$ 3,8 bilhões na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços -ICMS, o que representa 5,7% de tudo o que o Estado arrecada com esse tributo”.
No mapeamento total de empresas de Minas Gerais, constam 485.825 empresas abertas. Desse total, 13.190 estão em Contagem. Ou seja, 2,7% do montante. O Estado tem um total 4.184.874 postos de trabalho formais ocupados. Contagem tem 193.255.
Em Contagem, a indústria representa 20% do total de suas empresas, 28% dos empregos formais e 34% da renda gerada na economia. Entre os demais setores econômicos, 31% são do setor de serviços e 49% do comércio. Também é o setor industrial que também paga o melhor salário médio: R$ 2.755,00.
“Olhando mais de perto para esse setor industrial”, detalhou Daniela “30% são da indústria da construção civil, 68% das indústrias são de transformação e 2% são SIUP – Serviços Industriais de Utilidade Pública. Ao todo, 2.591 empresas do setor industrial estão instaladas em Contagem”.
Em números gerais, Contagem tem uma população estimada em 673.849 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, que representa 3,1% da população geral do Estado e 10,6% da região intermediária – classificação utilizada pelo IBGE para designar agrupamentos de regiões imediatas, articuladas por meio da influência de uma metrópole, capital regional ou um centro urbano representativo dentro do conjunto.
Daniela explicou que no universo de empregos gerados pela indústria em Contagem, 83% são criados por empresas ligadas à indústria da transformação – empresas que transformam um elemento em outro, uma matéria-prima em um bem. Por exemplo: indústrias que transformam aço em máquinas e ferramentas. Que fabricam bens de consumo como roupas ou automóveis e roupas. Outros 16% são da indústria da construção civil e apenas 1% SIUP. “Somente em empresas da indústria de alimentos são 20%. Outros 9% são de empresas que atuam na construção de materiais elétricos. 5% na metalurgia, entre outros exemplos”.
O setor industrial de Contagem tem uma pauta de exportação diversificada. “Vendemos para outros países minerais não metálicos (17%), alimentos (16,5%), máquinas e equipamentos (14,7%), materiais elétricos (12,6%) e derivados do petróleo (9,4%)”.
E na Matriz de Insumo-Produto – MIP que Daniela demonstra a importância da indústria de Contagem. A MIP é uma metodologia que tece a relação entre setores econômicos, por meio do fluxo de bens e serviços existentes entre eles.
Sem a produção industrial, os demais setores interromperiam as compras dos seus insumos intermediários (ótica de compras), deixando de atender a demanda dos seus respectivos compradores (ótica de venda). “Com isso teria início um trágico ciclo de redução da produção, demissões de trabalhadores, o que implicaria em redução de renda, retraindo a demanda por mais produtos, o que refletiria no faturamento das empresas, diminuindo investimentos e por aí vai”, destacou Brito.
Ainda pelo exercício de extração hipotética, sem a indústria haveria uma redução de 51,4% do PIB de Contagem, seriam extintos cerca de 200 mil postos de trabalho formais e informais e os impostos líquidos que deixariam de ser pagos equivaleria a 71,2% da receita total do município.
Ao final da sua exposição, a gerente de estudos econômicos da Fiemg pontuou que esses efeitos sociais e econômicos seriam sentidos em todo o Estado. “Minas Gerais teria um recuo de 3,3% do seu PIB, uma extinção de 6,6% dos seus postos de trabalho, e os impostos líquidos que deixariam de ser pagos representariam, por exemplo, cerca de 17% dos gastos com Educação”.
CLIQUE ABAIXO E ACESSE A GALERIA DE FOTOS:
https://www.flickr.com/photos/prefcontagem/albums/72177720299218304/with/52096454569/