Artistas apresentam sua arte e falam das inspirações para grafitar os postes da avenida Teleférico
Nesta terça-feira (28/6),a prefeita Marília Campos esteve na avenida Teleférico, no bairro Água Branca, na Regional Eldorado, para conhecer de perto qual o resultado das obras de revitalização da via e conversar com os artistas contemplados no edital Movimenta Arte Urbana – Avenida Teleférico, a fim de conhecer qual foi a inspiração para fazer os grafites no local.
Ao todo foram 12 artistas premiados – Jônatas Milagres Campos, Tot, Nani Oliveira, Rafael Vira-Lata, Fabs (Fabiana Santana), Maisena, Gabriel, Soma, Setko, Utora, Lauro Magalhães, Marcony, Vortex e Jaz – e cada um deles ficou responsável por um poste da avenida, num trajeto de cerca de 2 km. Os cinco primeiros participaram do bate-papo.
A chefe do Executivo parabenizou os artistas e admirou o trabalho feito na avenida. “É possível ver a contação de parte da história de Contagem, pelos olhares e pelos trabalhos dos nossos grafiteiros e grafiteiras. No passado, por aqui passava uma importante atividade econômica, com transporte de matérias-primas. Hoje isso é recontado de uma forma artística, de uma forma tão grandiosa, mostrando uma identidade, um resgate, com talento e valorização dos artistas de nossa cidade”, ressaltou.
A secretária de Cultura, Monique Pacheco, também destacou a importância da arte na cidade. “Vendo esses 12 postes coloridos e que trazem uma parte de Contagem em grafite, não apenas valoriza o artista, como valoriza os locais, que estão de parabéns”.
“Eu quis homenagear os trabalhadores e trabalhadoras de Contagem. A ideia é mostrar que, juntos, eles se completam e chegam a um resultado satisfatório. Então foi feito um tótem, com apoio mútuo e que chega a um objetivo comum, algo que aconteceu muito em Contagem, principalmente na era da industrialização e que ainda acontece”, contou Nani Oliveira. “É um registro da nossa história que visa preservar nossos registros e nossa memória”, completou.
“Busquei mostrar os trabalhadores, lembrando da histórica greve de 1968, quando brigaram por seus direitos e, com união, foram atrás daquilo que pretendiam”, revelou Fabiana Santana.
Jônatas Milagres optou por trazer para a cena, uma recordação familiar. “Minha vivência na cidade sempre mostrou algo que é um ciclo, com um trabalho que não termina, e isso é simbolizado pelo sol e pela lua. De um outro lado, trago também a pipa, tão presente nessa região e na minha infância, com inspirações também da família e daquilo que ouvi dos meus pais sobre a cidade”.
Tot, por sua vez, preferiu uma arte em recortes. “Trago uma arte como se fossem pedaços de jornais, notícias de uma Contagem que é contada, é conhecida, que tem história e que tem uma cultura muito presente e que deve ser conhecida e repassada pelos cidadãos”.
Também estiveram presentes o secretário de Governo, Pedro Amaral; o subsecretário de Cultura, Marcelo Bones; o assessor Lúcio Honorato; e o administrador da Regional Eldorado, José Carlos Menezes (Zezé).
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Fotos: Janine Moraes