Apesar da pandemia, UFMG manteve desempenho de destaque no ranking QS
Índices de produção científica e colaboração internacional contribuíram para permanência da Universidade entre as 400 melhores no mundo na classificação por área
A edição 2023 do Ranking Global QS por Área (By Subject), que avalia as universidades de todo o mundo, mostra que a UFMG manteve, durante o ano de 2021, desempenho similar ao do período que antecedeu a pandemia de covid-19. A Universidade aparece no grupo das 400 melhores no cenário global e entre as oito melhores do Brasil, nas cinco grandes áreas em que se divide a avaliação do QS (e está entre as cinco melhores em Engenharia & Tecnologia e Ciências Naturais). As outras grandes áreas são Artes e Humanidades, Ciências Sociais Aplicadas e Ciências da Vida e Medicina.
Os dados do Ranking QS foram liberados para divulgação nesta quarta-feira, dia 22 de março. Cinquenta e quatro áreas são contempladas pelo ranking. A UFMG foi listada em 23 delas. Para entrar na classificação de uma determinada área, é preciso que a instituição ofereça programas de graduação ou pós-graduação, exceda a pontuação mínima no critério de reputação acadêmica e/ou entre empregadores e tenha número mínimo de artigos publicados e indexados na base Scopus, da editora Elsevier.
“Apesar da redução dos recursos disponibilizados para a ciência no Brasil, nos últimos anos, e das dificuldades de mobilidade impostas pela pandemia, a UFMG manteve o ritmo da pesquisa e da produção de artigos, assim como sua intensa cooperação internacional. Nesse segundo caso, significa que temos parcerias sólidas com grupos de todas as regiões do mundo, marcadas por muita confiança e produtividade”, afirma o pró-reitor de Pesquisa, Fernando Reis. Ele acrescenta que a estabilidade demonstrada pela UFMG nesta edição do QS reforça também a convicção de que a excelência da produção científica da UFMG atinge todos os campos de conhecimento.
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida atribui a estabilidade alcançada pela UFMG no ranking, em meio a tantos percalços, à sua solidez acadêmica, resiliência e capacidade de superar adversidades, características presentes em quase um século de história. “Isso é demonstrado em todas as avaliações de universidades, inclusive as institucionais, como as do Ministério da Educação. Não miramos nossa atuação em classificações, até porque nem sempre elas consideram a amplitude de nossa atuação, mas reconhecemos que elas nos ajudam a dar visibilidade à qualidade da UFMG e a aprimorar nossas ações institucionais”, argumenta a reitora.
Critérios e números
A metodologia para a produção do ranqueamento divulgado nesta quarta-feira não se alterou em relação à última edição do QS por Assunto. Os critérios de avaliação são reputação na academia, reputação entre empregadores, número de citações por artigo, impacto e qualidade das publicações e participação em redes internacionais de pesquisa. O ranking adapta seus indicadores globais e o sistema de pesos para cada um dos cinco critérios de acordo com as especificidades das diferentes áreas. Exemplo: a produção em pesquisa influi mais sobre a avaliação em medicina do que em artes cênicas, um campo de natureza mais vocacional.
A UFMG apresenta, na edição deste ano do QS por Assunto, melhoria absoluta em oito das áreas em que foi listada, na comparação com 2022. O destaque foi o avanço de reputação entre empregadores e impacto da produção acadêmica (índice H), em 17 das 23 áreas.
A edição de 2023 do Ranking QS inclui 1.594 instituições (contra 1.543 da edição anterior) de 161 países e contempla três áreas a mais que o ranking de 2022 (54 contra 51). Foram analisados 16,4 milhões de artigos publicados de 2016 a 2020, que produziram quase 117,8 milhões de citações até 2021.
Os QS World University Rankings são classificações anuais publicadas pela empresa Quacquarelli Symonds, do Reino Unido.