Tese da UFMG faz análise de risco de travessia do Anel Rodoviário por pedestres

Tese da UFMG faz análise de risco de travessia do Anel Rodoviário por pedestres

Pesquisa realizada na pós-graduação em Geografia é tema do novo episódio do “Aqui tem ciência”, da Rádio UFMG Educativa

 

Atualmente, no trecho mais movimentado do Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, próximo à Avenida Amazonas, passam cerca de 105 mil veículos por dia. Os acidentes são frequentes, incluindo atropelamentos, mesmo com as 22 passarelas instaladas ao longo dos 26 quilômetros de extensão. A mobilidade e a acessibilidade de pedestres, bem como o risco de travessia no Anel Rodoviário, foram analisados pela pesquisadora Bárbara Matos em sua tese de doutorado, defendida em abril de 2022 no Programa de Pós-graduação em Geografia da UFMG.

A análise de Bárbara, que é professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), foi feita com base nos dados da Pesquisa Origem-Destino de 1992, 2002 e 2012. A última edição da pesquisa foi realizada em 2019, com metodologia diferente das anteriores, e por isso não foi incluída.

Uma das constatações do estudo é que no período de 1992 a 2012 o deslocamento por veículos motorizados no Anel Rodoviário aumentou, enquanto o atravessamento de pedestres diminuiu em 40%, demonstrando que a via representa uma barreira para a locomoção das pessoas a pé e para a interação entre os bairros lindeiros à rodovia.

Segundo dados da BHTrans citados no trabalho, em 2018, 25% dos atropelamentos com morte das vítimas registrados em Belo Horizonte ocorreram no Anel. O trecho onde fica a ocupação Vila da Luz, às margens da rodovia, é a área de maior risco para o deslocamento de pedestres, com 10,2 atropelamentos por quilômetro no período de 2016 a 2020.

Saiba mais sobre a pesquisa no novo episódio do Aqui tem ciência, programa da Rádio UFMG Educativa. Ouça aqui.

Raio-x da pesquisa

Título: Mobilidade pedonal e o efeito barreira das rodovias urbanas: as contradições e os conflitos no Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, em Belo Horizonte (MG)

Autora: Bárbara Abreu Matos

O que é: Tese de doutorado que apresenta indicadores de mobilidade, acessibilidade e risco de travessia de pedestres no Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, em Belo Horizonte, com base em análise de dados da pesquisa Origem-Destino dos anos de 1992, 2002 e 2012.

Programa de Pós-graduação: Geografia

Orientador: Carlos Fernando Ferreira Lobo

Ano de defesa: 2022

Aqui tem ciência

O episódio 158 do Aqui tem ciência tem produção de Bella Corrêa e Alessandra Ribeiro, que também apresenta o programa, e trabalhos técnicos de Cláudio Zazá. O Aqui tem ciência é uma pílula radiofônica sobre estudos realizados na UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados de um trabalho de pesquisa desenvolvido na Universidade.

O Aqui tem ciência vai ao ar na 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às sextas, às 20h, e também pode ser ouvido em aplicativos de podcast, como o Spotify.

Atualmente, no trecho mais movimentado do Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, próximo à Avenida Amazonas, passam cerca de 105 mil veículos por dia. Os acidentes são frequentes, incluindo atropelamentos, mesmo com as 22 passarelas instaladas ao longo dos 26 quilômetros de extensão. A mobilidade e a acessibilidade de pedestres, bem como o risco de travessia no Anel Rodoviário, foram analisados pela pesquisadora Bárbara Matos em sua tese de doutorado, defendida em abril de 2022 no Programa de Pós-graduação em Geografia da UFMG.

A análise de Bárbara, que é professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), foi feita com base nos dados da Pesquisa Origem-Destino de 1992, 2002 e 2012. A última edição da pesquisa foi realizada em 2019, com metodologia diferente das anteriores, e por isso não foi incluída.

Uma das constatações do estudo é que no período de 1992 a 2012 o deslocamento por veículos motorizados no Anel Rodoviário aumentou, enquanto o atravessamento de pedestres diminuiu em 40%, demonstrando que a via representa uma barreira para a locomoção das pessoas a pé e para a interação entre os bairros lindeiros à rodovia.

Segundo dados da BHTrans citados no trabalho, em 2018, 25% dos atropelamentos com morte das vítimas registrados em Belo Horizonte ocorreram no Anel. O trecho onde fica a ocupação Vila da Luz, às margens da rodovia, é a área de maior risco para o deslocamento de pedestres, com 10,2 atropelamentos por quilômetro no período de 2016 a 2020.

Saiba mais sobre a pesquisa no novo episódio do Aqui tem ciência, programa da Rádio UFMG Educativa. Ouça aqui.

Raio-x da pesquisa

Título: Mobilidade pedonal e o efeito barreira das rodovias urbanas: as contradições e os conflitos no Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, em Belo Horizonte (MG)

Autora: Bárbara Abreu Matos

O que é: Tese de doutorado que apresenta indicadores de mobilidade, acessibilidade e risco de travessia de pedestres no Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, em Belo Horizonte, com base em análise de dados da pesquisa Origem-Destino dos anos de 1992, 2002 e 2012.

Programa de Pós-graduação: Geografia

Orientador: Carlos Fernando Ferreira Lobo

Ano de defesa: 2022

Aqui tem ciência

O episódio 158 do Aqui tem ciência tem produção de Bella Corrêa e Alessandra Ribeiro, que também apresenta o programa, e trabalhos técnicos de Cláudio Zazá. O Aqui tem ciência é uma pílula radiofônica sobre estudos realizados na UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados de um trabalho de pesquisa desenvolvido na Universidade.

O Aqui tem ciência vai ao ar na 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às sextas, às 20h, e também pode ser ouvido em aplicativos de podcast, como o Spotify.

Legenda da foto em destaque: Trecho do Anel Rodoviário de BH, na altura do bairro CalifórniaFoto: Ronaldronald / Wikimedia Commons CC BY-SA 3.0