Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital Risoleta UFMG, referência em Minas e no Brasil, completa 15 anos
A equipe do HRTN realiza anualmente uma média de 1.300 interconsultas e 800 internações em unidade específica
Com o envelhecimento da população e o aumento da incidência de doenças crônicas e degenerativas é imprescindível reconhecer a terminalidade e definir as melhores condutas. Ao lidar com pacientes com diagnóstico de doença grave ou de ameaça à vida, nos defrontamos com os limites da Medicina, dos pacientes e de suas famílias. Tal vivência nos traz diversos questionamentos que podem ser melhor compreendidos com a prática e o conhecimento dos Cuidados Paliativos. Em BH, o Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital Risoleta Neves foi pioneiro, em 2009, e após 15 anos é também referência em Minas Gerais e no Brasil.
A equipe de Cuidados Paliativos trabalha para amenizar a dor e outros sintomas desconfortáveis, melhorando a qualidade de vida de pacientes com diagnóstico de doenças graves que ameaçam a vida. “Os profissionais que atuam com essa abordagem propiciam acolhimento, escuta e tratamento especializado para amparar o paciente e seus familiares. Os Cuidados Paliativos ajudam as pessoas a lidar com os aspectos físicos, psicossociais e espirituais do adoecimento, amenizando tais sofrimentos”, afirma a médica Ana Luisa Rugani, coordenadora do Serviço.
No Risoleta, a equipe de Cuidados Paliativos é composta por médicos, enfermeiros,
nutricionistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos. A equipe realiza anualmente uma média de 1.300 interconsultas e 800 internações em sua Unidade de Cuidados Paliativos. A demanda vem crescendo exponencialmente. Os Cuidados Paliativos acolhem pacientes acometidos por diversas doenças, entre elas câncer, demência, falências orgânicas e problemas vasculares.
Outro diferencial desse serviço é a estrutura, que possui uma ala própria no Risoleta, com 24 leitos destinados aos Cuidados Paliativos. Em Belo Horizonte, é o único com esse perfil e, mesmo no Brasil, são poucos hospitais com um atendimento tão robusto.
Foto: Gilson Souza e José Márcio da Cruz