Com foco em industrialização, Presídio de Itajubá capacita 20 detentos para linha de produção de portas e janelas em alumínio

Com foco em industrialização, Presídio de Itajubá capacita 20 detentos para linha de produção de portas e janelas em alumínio

Empresa com reconhecimento no mercado nacional aposta no sistema prisional mineiro para montar parte da sua produção; expectativa é empregar até 60 presos

Teve início nessa segunda-feira (7/4) o funcionamento de mais uma parceria do Governo de Minas com a iniciativa privada, dentro do sistema prisional mineiro. Um galpão de trabalho de 600 metros quadrados instalado no Presídio de Itajubá, localizado no sul de Minas, empregará, inicialmente, 20 presos na montagem de portas e janelas feitas em alumínio. Neste primeiro momento todos eles passarão por alguns dias de treinamento e pela fase de adaptação. Mas a meta da empresa deixa claro a aposta de que será mais uma parceria de sucesso: a expectativa é de que sejam montadas entre 350 e 500 portas por dia.
As atividades de treinamento e produção serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os presos terão direito a remição de pena, ou seja, para cada três dias de trabalho, um a menos na pena, e serão remunerados com ¾ do salário mínimo. Para alcançar a produção desejada pela empresa o número de presos empregados deve passar de 20 para 60 à medida que a produção diária aumentar.
Destaque no cenário nacional, o sistema prisional mineiro conta com 18.214 presos trabalhando e 637 parcerias vigentes com empresas privadas e instituições públicas. Três vezes consecutivas, o sistema prisional mineiro foi o que mais teve empresas premiadas com o Selo Resgata, do Ministério da Justiça e Segurança Pública – selo que incentiva, estimula e reconhece as organizações que empregam pessoas em privação de liberdade.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, reforça que esse é o tipo de parceria que o sistema prisional comemora e celebra. “Queremos presos trabalhando com aquilo que, de fato, trará para ele retorno pessoal e profissional. A fase de artesanato com palito de picolé tem que ficar no passado. Nosso foco é indústria e capacitação. Estamos no caminho certo e avançando”, ressalta Greco.
Presídio com foco em trabalho
O diretor do Presídio de Itajubá, Marcelo da Silva Castro, considera a parceria de trabalho com a Industrial Brasileira de Alumínio e Plástico (Ibrap) um exemplo notável de colaboração entre o setor público e o privado. “Essa iniciativa é um marco para o presídio e para a vida dos participantes, que terão a chance de aprender uma profissão, desenvolver novas habilidades e reconstruir seu caminho com dignidade”.
Em Itajubá há 140 presos trabalhando em cinco parcerias ativas com a iniciativa privada e em sete oficinas de projetos sociais. Dentro da unidade prisional há atividades no ramo da panificação, cozinha industrial, fábrica de artigos para bebês e uma fábrica de peças religiosas. A unidade também é referência na região em projetos voltados para a comunidade: fabricação de brinquedos em madeira, reformas de bicicletas, produção de vassouras ecológicas, entre outros.