Além da bandeira verde de energia, como economizar mais na conta de luz
A bandeira verde anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deixou a tarifa mais baixa no mês de dezembro. Mas outras medidas são importantes para gastar menos
Neste mês, o consumidor brasileiro que utiliza o sistema cativo de distribuição de energia elétrica está pagando um pouco menos na conta de luz. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alterou a bandeira tarifária de amarela para verde. Com a mudança, não haverá mais a realização de cobrança extra nas contas de luz para a população. A bandeira amarela aplicada em novembro, trazia o acréscimo de R$ 1,885 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, e em outubro, com a bandeira vermelha, o adicional era de R$ 7,877.
A energia mais barata é resultado da normalização do regime de chuvas, que favorece o uso das usinas hidrelétricas e diminui o uso das termelétricas. O engenheiro de sustentabilidade, da AXS Energia, João Marco Gelsleichter, lembra que, além de encarecer a tarifa, as termelétricas emitem gases poluentes na atmosfera. “Ou seja, se estamos com problemas de seca em função das mudanças climáticas, o uso deste tipo de recurso para geração de energia nos coloca em um círculo vicioso”, explica.
A resposta para este problema pode ser a adoção de fontes renováveis como a energia solar, avalia o especialista. E para isso, o consumidor não precisa, necessariamente, investir em infraestrutura. A AXS Energia trabalha com a comercialização das cotas de energia solar produzida em suas usinas nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e São Paulo. Os créditos são injetados na rede distribuidora, resultando em descontos para o cliente. A geração distribuída permite a contratação de energia de usinas solares, pagando menos que a tarifa convencional. Esse tipo de contrato pode gerar uma economia de até 20% na conta de luz.
Uso consciente de energia é importante
Algumas atitudes simples dentro de casa ajudam a economizar na conta de luz e preservar o planeta – já que menos consumo também vai exigir menos da geração, reduzindo o risco de se usar matrizes como as termelétricas. Veja cinco dicas práticas para adotar em casa:
1. Use lâmpadas e eletrodomésticos mais eficientes
As lâmpadas LED consomem até 80% menos energia que as incandescentes e duram mais. Já os eletrodomésticos podem ser trocados por aqueles que tenham o selo Procel (Programa Nacional de Conservação da Energia Elétrica), que consomem menos energia. O programa do Ministério de Minas e Energia (MME) existe desde 1985.
2. Otimize o uso do ar-condicionado e aquecedores
Os aparelhos com a manutenção em dia, como os filtros limpos, cumprem suas funções de forma mais eficiente. Quando usados na temperatura ideal – nem muito quente, nem muito fria, também gastam menos energia.
3. Não deixe aparelhos em stand-by
TVs, carregadores e fornos de micro-ondas, ainda que não estejam em uso, se estiverem na tomada continuam consumindo energia. Para economizar, o ideal é tirar todos esses aparelhos da tomada quando estiverem ociosos.
4. Evite sobrecarga no uso de eletrodomésticos
Máquinas de lavar e secadoras devem ser usadas, sempre que possível, na capacidade máxima. Ou seja, evite lavar pouca roupa em diversos dias da semana, procure acumular as peças para melhor aproveitamento. Se a atividade for feita fora do horário de pico, ainda melhor, a tarifa é mais baixa. Quando o assunto é a geladeira, abra a porta somente quando precisar de algo para evitar que ela gaste mais energia para manter a temperatura interna.
5. Aproveite luz natural dos ambientes
Mantenha as janelas abertas durante o dia para reduzir a necessidade de iluminação artificial. O uso de espelhos e cores claras nas paredes também ajuda a diminuir a necessidade de acender as lâmpadas.