ALMG: Deputados questionam audiência da Comissão de Saúde
Parlamentares da oposição reclamam que servidores foram impedidos de acompanhar debate sobre situação da Funed nesta quarta-feira (9)
Durante a Reunião Ordinária de Plenário realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (9/8/23), deputados da oposição questionaram a condução da audiência pública da Comissão de Saúde na manhã desta quarta (9). A reunião foi convocada para debater a situação da Fundação Ezequiel Dias (Funed).
O líder da Minoria, deputado Doutor Jean Freire (PT), apresentou uma questão de ordem relatando o que considerou “graves acontecimentos”. Segundo o documento, servidores da Funed foram impedidos de entrar no Plenarinho I para acompanhar a reunião, fato considerado “inusitado e estranho” pelos parlamentares da oposição.
Ainda de acordo com a questão de ordem, diversos parlamentares solicitaram a transferência da audiência pública para o Auditório José Alencar, mas o pedido não foi atendido. Além disso, segundo o documento lido pelo deputado Doutor Jean Freire, as portas de acesso ao Plenarinho I teriam sido trancadas, o que teria impedido o acesso de assessores parlamentares à reunião.
Diante desses fatos, os deputados oposicionistas questionam se há alguma norma legal que disciplina a utilização do Auditório José Alencar; e se houve algum alerta de segurança que justificasse o trancamento das portas do Plenarinho I. A 1ª vice-presidenta da ALMG, deputada Leninha (PT), que conduzia a reunião, informou que a questão de ordem será respondida em momento oportuno.
A decisão que dificultou o acesso de servidores da Funed à reunião da Comissão de Saúde motivou diversas críticas de deputados de oposição ao Governo do Estado.
O deputado Leleco Pimentel (PT) considerou o episódio ruim e cobrou respeito ao diálogo. “Era uma audiência pública ou uma audiência privada? Nunca vi isso acontecer nesta Casa”, continuou o deputado Doutor Jean Freire.
Para a deputada Andréia de Jesus (PT), foi uma tentativa de silenciar o povo. “É inadmissível que as pessoas não tenham sido tratadas com dignidade. Elas não podem ser impedidas de participar do debate”, afirmou.
O deputado Cristiano Silveira (PT) considerou o episódio lamentável e disse que a Mesa da ALMG precisa tomar providências para que situações como essa não se repitam. “Na casa do povo, o povo não pôde ser ouvido. Esse precedente poderá trazer consequências sérias no futuro”, alertou.