Consumidores de BH finalizaram 2024 menos inadimplentes que os de Minas Gerais e do Brasil

Consumidores de BH finalizaram 2024 menos inadimplentes que os de Minas Gerais e do Brasil

Enquanto na capital mineira a inadimplência caiu 0,72%, o índice avançou 2,88% no estado e 1,92% no país

A inadimplência dos consumidores da capital mineira apresentou, ao longo do ano de 2024, desaceleração. O sexto recuo consecutivo no ano mostrou que os consumidores de Belo Horizonte estão menos inadimplentes que os do país e do estado. Enquanto em Belo Horizonte a inadimplência teve queda de 0,72% em dezembro do último ano, o índice avançou 2,88% em Minas Gerais e 1,92% no Brasil. Na região Sudeste a inadimplência entre os consumidores registrou crescimento de 1,44%.

 

Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), responsável pelo levantamento dos dados de inadimplência, desde o mês de maio de 2024, o indicador apresenta redução, reflexo da melhora na renda e da capacidade de pagamento das famílias. “O desempenho positivo do mercado de trabalho na capital mineira contribuiu para a queda da inadimplência entre os consumidores”, destaca o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. “A maior conscientização dos impactos negativos da inadimplência, como restrições ao acesso ao crédito, tem incentivado o consumidor a priorizar o pagamento de suas obrigações financeiras”, completa.

 

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil fechou o ano de 2024 com saldo positivo de 1.693.673 empregos formais com carteira assinada, um crescimento de 16,5% em relação a 2023. Em Minas Gerais o saldo foi de 139.503 empregos gerados. Nos onze primeiros meses de 2024, Belo Horizonte liderou a criação de vagas entre os municípios mineiros, com a abertura de 39,5 mil, o que representa 19% do resultado mineiro.

 

Inadimplência atinge mais as mulheres

 

A análise dos dados de devedores por gênero em Belo Horizonte revela disparidade persistente na participação de inadimplentes homens e mulheres. Mesmo com a queda de 0,72% na inadimplência em 2024, na comparação com o ano imediatamente anterior, o público que ainda continua no vermelho é formado em sua maioria por mulheres (47,05%). Os homens representam 53,98% do público inadimplente. As mulheres, que representam uma proporção maior dos devedores, têm um valor de dívida menor. Enquanto o valor médio das dívidas das mulheres é de R$ 4.944,75, o valor para o público masculino é de R$ 5.244,30.

 

Na análise por faixa etária, o público inadimplente ficou assim dividido: 40 a 64 anos (45,9%); 25 a 39 anos (31,78%); mais de 65 anos (18,16%) e 18 a 24 anos (3,94%).

 

Planejamento financeiro faz toda a diferença

 

Para começar o ano e evitar a inadimplência, a dica é fazer o planejamento financeiro. “O primeiro passo é ter clareza sobre os gastos. O ideal é anotar as despesas diárias, desde as menores como um lanche, até as maiores, como aluguel, financiamento e mensalidades escolares”, explica o presidente da CDL/BH. Ao registrar as despesas, o consumidor terá uma visão clara para onde o dinheiro está indo, facilitando a identificação de gastos desnecessários.

 

Com as anotações, é possível verificar e cortar gastos desnecessários, montar uma reserva de emergência e ainda estabelecer metas financeiras. “Também é preciso prestar atenção no vencimento das contas, evitando pagar multas e juros. O ideal é privilegiar os pagamentos à vista, onde o consumidor pode conseguir bons descontos. E se a compra for parcelada, é preciso prestar atenção se aquela parcela cabe no bolso, para evitar a inadimplência”, recomenda Souza e Silva.

 

Legenda da foto em destaque: melhora na renda e aumento da capacidade de pagamento das famílias contribuíram para a redução da inadimplência na capital mineira