Contagem encerra período chuvoso sem desabrigados e reforça política de prevenção

Os membros do Comitê Gestor de Área de Risco (CGAR) participaram, na última semana, da 77ª reunião do CGAR. O encontro teve como principal objetivo apresentar o balanço do período chuvoso 2024/2025 e avaliar as ações integradas entre os diversos órgãos da administração municipal voltadas à prevenção e resposta a eventos hidrometeorológicos extremos.
Representantes das secretarias municipais de Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Obras e Serviços Urbanos, além das regionais administrativas, estiveram presentes. O encontro foi a primeira de duas reuniões planejadas para ‘encerrar’ o ciclo chuvoso deste ano.
Entre outubro de 2024 e março de 2025, Contagem registrou 93 dias de chuva, com média pluviométrica de 1.173 milímetros ao todo. Embora tenham ocorrido cinco eventos considerados extremos, com mais de 60 mm em 24h, o volume acumulado ficou abaixo da média histórica recente. Destaque para os eventos localizados nas regiões da avenida Ballesteros, no final de janeiro, e da Vila Samag, Córrego Ferrugem e Chácaras Santa Terezinha, no fim de março.
A secretária de Defesa Social, Viviane França, destacou que, apesar de episódios de chuva intensa, a cidade atravessou a estação chuvosa sem registrar nenhum desabrigado ou óbito. “Nós tivemos um volume de chuva maior, sim. Mas não tivemos ninguém abrigado institucionalmente. Isso é reflexo direto das obras realizadas pela gestão e do trabalho preventivo que o CGAR vem desenvolvendo desde 2021”, afirmou a secretária.
Viviane ainda destacou a evolução da equipe do comitê na gestão de crises. “Hoje, conseguimos atuar com mais precisão e controle. Nem mesmo foi necessário abrir o Gabinete de Crise neste período. Aprimoramos nossos processos, desde o treinamento até o envio de informações à imprensa”, completou.
O subsecretário de Defesa Civil, José Rodrigues, pontuou que o CGAR vem amadurecendo a cada ano e ganhando efetividade em suas ações. “As chuvas foram menos frequentes, mas os episódios mais intensos exigiram respostas rápidas. Mesmo assim, não tivemos desabrigados. Isso mostra que a cidade está se preparando e que estamos no caminho certo, investindo em intervenções físicas e educação para a resiliência”, afirmou.
Segundo ele, o seminário da Defesa Civil, previsto para este ano, terá como tema central a construção de uma cidade resiliente. “Vamos atualizar nossos pontos de alagamento e ampliar projetos de educação ambiental, como o Agente Mirim de Proteção e Defesa Civil, que já formou 800 crianças, e ações voltadas à terceira idade”, anunciou.
Durante a reunião foi destacado a importância da integração entre secretarias, regionais e a população. O trabalho contínuo de planejamento, alerta, atendimento e monitoramento, feito pela Defesa Civil, também foi citado como essencial para os bons resultados alcançados.
A próxima reunião com todos os dados consolidados do período chuvoso será realizada em breve, reunindo contribuições escritas de todas as secretarias para a elaboração do relatório final, que de maneira coletiva, vai contribuir para os avanços, desafios e estratégias futuras para ampliar a ação da gestão frente às mudanças climáticas.