Contagem sugere formalização de acordo para redução de prazo de despoluição da Lagoa da Pampulha

Contagem sugere formalização de acordo para redução de prazo de despoluição da Lagoa da Pampulha

Para que a ação ocorra, a Copasa precisa agilizar a identificação de imóveis irregulares a serem desapropriados; com andamento das obras, qualidade da água que chega à lagoa já apresenta melhora significativa

As prefeituras de Contagem e Belo Horizonte e a Copasa deram nesta quinta-feira (10/8) um passo para agilizar a despoluição da Lagoa da Pampulha. Em reunião na sede do Executivo da capital mineira, a prefeita de Contagem, Marília Campos, sugeriu que um acordo seja formalizado para reduzir o tempo de obras e intervenções de cinco para três anos. O município de Contagem representa 56% da Bacia Hidrográfica da Pampulha, que tem 98,4 km².

Para que a medida se torne realidade, entretanto, a prefeita cobrou que a Copasa agilize o processo de identificação de imóveis irregulares que precisarão ser desapropriados pelas prefeituras. “Esse calendário está sendo discutido com a Copasa e caberá a ela identificar quais são os imóveis para que o município de Contagem e também o município de Belo Horizonte tomem as devidas providências para que a companhia possa executar as obras de extensão de rede de esgoto”, explicou a chefe do Executivo.

Com obras já em andamento, a Copasa informou que a qualidade da água que chega à lagoa já apresenta considerável melhora. Segundo a estatal, 11 pontos  dos córregos mais poluentes da Bacia da Pampulha são monitorados mensalmente e 40% deles já apresentam melhora na qualidade da água que chega à lagoa.

“Nós inclusive solicitamos que sejam instalados equipamentos que possam fazer esse monitoramento e que tenham visibilidade para o público. Definimos que um próximo balanço vai ser uma prestação de contas públicas para as lideranças da Bacia da Pampulha e também para toda a imprensa”, afirmou a prefeita de Contagem, após o encontro na sede da Prefeitura de Belo Horizonte.

Atuação em parceria

No trabalho conjunto entre as prefeituras e a Copasa, estão sendo investidos R$ 146 milhões pela empresa estadual. Entre as ações de responsabilidade da Copasa, estão a realização da extensão das redes coletoras que evitam que o esgoto in natura chegue à lagoa e a indicação à administração municipal das medidas administrativas necessárias para viabilizar a implantação de componentes do sistema de esgotamento sanitário.

Pelo lado do município, há a responsabilidade de acompanhar e fiscalizar as ações; ajudar a Copasa na mobilização social e na educação socioambiental da população; autuar, por meio da Vigilância Sanitária, o proprietário que se recusar, sem motivo justo, a conectar o esgoto de seu imóvel à rede coletora; além de promover ações de limpeza e coleta de lixo para evitar seu lançamento em vias e córregos afluentes à lagoa; entre outras ações.

Para fazer sua parte no acordo, a Prefeitura está em constante ação:

  • Implantação e recuperação de parques na Bacia da Pampulha
  • Obras de drenagem e proteção das margens dos córregos do Muniz e do Tapera;
  • Manutenção das vias e espaços públicos nas regiões do Ressaca e Nacional, com 120 toneladas de materiais recolhidos em varrição neste ano;.
  • Limpeza e desassoreamento de córregos nas regiões do Ressaca e Nacional, com quase 8.000 toneladas de materiais orgânicos e inorgânicos recolhidos;
  • Fiscalização Ambiental: 50 vistorias mensais gerando autos de fiscalização, infração e embargo.

No encontro, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, se disse satisfeito com o ritmo dos trabalhos e com o clima de parceria entre os municípios e a Copasa. O presidente da estatal, Guilherme Duarte, afirmou que os grupos de trabalho têm trocado informações para garantir a celeridade das intervenções.

Números

Em Contagem, 7.000 imóveis precisam ser ligados à rede de esgoto na Bacia da Pampulha – 5.500 podem ser interligados a redes já existentes e 1.500 precisam ser ligados a redes coletoras com pequenas obras. Em Belo Horizonte, são 2.760 imóveis – 2.200 que ainda não estão interligados a redes já existentes e 560 que podem ser ligados com pequenas obras. A ligação é responsabilidade da Copasa e cabe aos municípios mobilizar a sociedade, fiscalizar e autuar donos de imóveis que não quiserem fazer as ligações.

Histórico

Em julho de 2022, os municípios de Contagem e Belo Horizonte e a Copasa firmaram acordo de cooperação aprovando o Plano de Ação do Sistema de Esgotamento Sanitário da Bacia da Pampulha. Esse acordo foi homologado pela justiça Federal no fim de março deste ano. A homologação define o início do cronograma de cinco anos para implantação do plano, que poderá ser concluído em três anos a partir da formalização do acordo de agilização entre as prefeituras de Contagem e Belo Horizonte e a Copasa.

Autor:Secretaria Municipal de Comunicação