Delegado Wagner Sales alerta para aumento de golpes cibernéticos
Promoções falsas no Instagram, uso de dados e contatos para pedir dinheiro pelo Whatsapp, falsas intimações pelo email. Esses são apenas alguns dos golpes cibernéticos em alta atualmente. De acordo com o delegado de Polícia Civil, Wagner Sales, essas ações de estelionatários têm causado prejuízo para muita gente, não só financeiro, mas também psicológico, de relações pessoais e familiares, assim como gerado descrédito para empresas e profissionais liberais.
Dados divulgados recentemente pela Polícia Civil mostram que, no primeiro semestre de 2022, o estelionato se consolidou como principal crime em Minas Gerais. As ações agora acontecem pelos computadores e celulares e superam até mesmo os roubos e furtos registrados nas delegacias.
Segundo informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o aumento começou há alguns anos. Para se ter uma ideia, de 2020 para 2021, houve crescimento de 20% nos registros desse crime. Em 2022, a tendência de aumento se manteve com quase 333 crimes de estelionato registrados por dia em Minas Gerais (39.736 ocorrências entre janeiro e abril).
Segundo o Delegado Wagner Sales, a sociedade vive uma epidemia de golpes. E para entender esse fenômeno é preciso ter em mente que houve um crescimento de formatos de golpes, principalmente os cibernéticos. “O bandido deixou de atuar nas ruas, portando um revólver, para tomar o dinheiro por meio de um computador ou celular. Por isso as palavras de ordem hoje são informação, atenção e cautela”.
A experiência tem mostrado que os principais golpes da internet são o hackeamento do Instagram e a clonagem do whatsapp. Também é preciso perceber o golpe da falsa premiação em hotéis, pousadas e restaurantes, quando o estelionatário oferece uma vantagem desproporcional relacionada ao estabelecimento.
Segundo ele, a melhor forma de se proteger é tendo cautela e desconfiando sempre. “Precisamos multiplicar as informações sobre os golpes e criar mecanismos de autoproteção. A Polícia Civil está capacitada, qualificada e equipada para combater esse tipo de crime, mas o cidadão também precisa agir, criando mecanismos de autoproteção, buscando informação nas redes sociais e nos veículos de comunicação para poder contribuir com a luta das autoridades contra os golpistas.
Quem sofre um golpe, em primeiro lugar deve registrar um Boletim de Ocorrência, para que as Forças de Segurança tomem conhecimento e possam agir para encontrar os bandidos. Após isso, a vítima deve utilizar dos mecanismos colocados à disposição pelas próprias plataformas digitais e aplicativos, para que se evite um dano pessoal maior, visando à proteção de dados e recuperação de possíveis contas clonadas.
Mais informações sobre golpes e outros assuntos relacionados à segurança pública, justiça social e efetividade das leis, siga o Delegado Wagner Sales nas Redes Sociais (@delegadowagnersales).