Empresário do comércio de BH entra no segundo semestre otimista com a economia e disposto a fazer contratações
A virada para o segundo semestre de 2024 mostra uma reação positiva na confiança dos comerciantes de Belo Horizonte. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) com dados analisados pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG e divulgados pela CNC em julho, registra crescimento de 3,2 pontos no índice geral e atinge 104,5 pontos. O ICEC se recuperou de uma queda de 1,3 ponto em junho em comparação ao mês de maio.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio se desdobra em outros subíndices assegurando confiabilidade e segurança à pesquisa. Assim o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) de julho ficou em 78,6 pontos sofrendo uma redução de 4,4 pontos na comparação com junho.
Para 71,4% dos empresários do comércio, as condições atuais da economia pioraram. Já a percepção das condições do setor piorou conforme 61,0% dos entrevistados. Esta percepção de piora aumentou 4,5 pontos percentuais com maior insatisfação entre as empresas menores, com menos de 50 empregados.
Se a percepção das condições atuais da economia e do setor indica pessimismo, o otimismo prevalece na percepção das condições das empresas comerciais que alcançou o nível de confiança de 106,4 pontos entre aquelas com mais de 50 funcionários, para aquelas com quadro menor de pessoal ficou um pouco abaixo, aos 96,3 pontos. Para 49,6% do total de entrevistados, houve melhora das condições da empresa em julho; outros 50,4% indicaram piora em relação ao mês anterior.
Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, ressalta o comportamento dos empresários do comércio. “Apesar da percepção de piora nas condições atuais da economia e nas condições atuais do setor, os empresários do comércio ainda estão otimistas com as condições atuais de suas empresas. As taxas de juros em patamares elevados e o endividamento do consumidor são fatores que influenciam negativamente o momento atual do comércio. Entretanto, o mercado de trabalho aquecido e a maior disponibilidade de renda entre as famílias permite que o comércio seja influenciado positivamente, aumentando as vendas e permitindo um melhor cenário para os empresários do setor”, explica Martins.
A expectativa do empresário do comércio em julho foi positivamente influenciada com a entrada do segundo semestre do ano. Foi o que mostrou o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) que chegou aos 130,9. A expectativa positiva é geral para todos os portes de empresa e para todos os segmentos: semiduráveis, não duráveis e duráveis, sendo que o segmento de semiduráveis lidera a confiança aos 145,1 pontos.
As expectativas para a economia brasileira, para o setor do comércio e para as empresas comerciais também ficaram acima dos 100 pontos entre todos os portes de empresas e para todos os segmentos. Chama a atenção a expectativa para o desempenho das empresas comerciais. O índice de confiança chega a 147,0 pontos para até 50 empregados e atinge 149,0 pontos entre aquelas com maior quadro de pessoal.
As expectativas para a economia brasileira levam 61,3% dos empresários a preverem melhora; 39,3% acham que vai melhorar pouco e 22% acham que vai melhorar muito. O segmento de semiduráveis é o que alimenta maior expectativa de melhora da economia.
“O segundo semestre do ano é marcado por um maior otimismo dos empresários. Esse otimismo é atrelado principalmente ao efeito sazonal esperado devido ao aumento das férias: além das datas comemorativas com grande apelo emocional do semestre, as famílias também possuem mais renda disponível devido ao pagamento do 13º salário”, destaca Martins.
A confiança dos empresários de melhora para o comércio chega aos 74% em julho e supera a expectativa em relação ao setor registrada em junho que foi de 72,7%. Quando avaliam a situação futura da empresa, 83,6% disseram acreditar que as vendas irão melhorar o que representa aumento de 3,5 pontos percentuais em comparação com junho.
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede as intenções de investimento no momento presente e no curto prazo, também atingiu o nível de confiança, com 103,9 pontos em julho. Abaixo de 50 empregados com 103,8 pontos e acima de 50 empregados com 112,0 pontos. Todos os portes de empresas e todos os segmentos de bens indicam que vão contratar funcionários. Empresas com mais de 50 empregados e segmento de semiduráveis são os que atingem nível de confiança para fazer investimentos no negócio; ambos também são os que passam dos 100 pontos em relação à situação atual dos estoques.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
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