ESPETÁCULO “PRIMEIRO TEMPO DE ALGO” OCUPA OS CENTROS CULTURAIS VENDA NOVA E URUCUIA NESTA SEMANA

ESPETÁCULO “PRIMEIRO TEMPO DE ALGO” OCUPA OS CENTROS CULTURAIS VENDA NOVA E URUCUIA NESTA SEMANA

Montagem será apresentada nos dias 20 e 22 de junho, em BH, com entrada franca

“Circulação nomeiodeparacom 10 Anos”, em que o coletivo nomeiodeparacom revisitou a própria produção artística da última década, chega ao fim com o espetáculo “Primeiro Tempo de Algo”, dirigido pelo artista mexicano Carlos Castellanos. A montagem, que mergulha nas memórias juvenis do elenco, transitando por processos, paixões, relações familiares e amizades, poderá ser vista no dia 20/06, às 19h30, no Centro Cultural Venda Nova (rua José Ferreira dos Santos, 184, Jardim dos Comerciários), e no dia 22/06, às 19h, no Centro Cultural Urucuia (rua W-3, 500, Pongelupe). Entrada gratuita (não é necessário retirar ingressos).

Com intensos desdobramentos, assim como promovendo um diálogo com o público, o espetáculo “Primeiro Tempo de Algo” coloca diante do espectador os artistas Johnny Cezar, Violeta Penna e Joana Wanner, que utilizam objetos pessoais e textos durante as cenas. O elenco reconstrói memórias durante os movimentos, provocando a reflexão sobre as vivências individuais. “A peça parte das memórias juvenis do elenco, da perspectiva de questões pessoais. Falamos dos momentos de impasse, das barreiras e também das passagens, das transições, tudo isso a partir das memórias do próprio elenco”, explica Joana.

O cerne de “Primeiro Tempo de Algo”, a propósito, está na natureza mutável e única de cada apresentação — o que, inclusive, remete ao nome do próprio espetáculo. Com 21 partituras corporais, combinadas e recombinadas dinamicamente, a montagem visita espaços urbanos e vivências, desafiando as fronteiras entre o efêmero e o fixo, entre o visível e o tangível. “O espetáculo leva esse nome exatamente porque tentamos abordar a memória com esse frescor. Todas as vezes em que a gente revive uma lembrança, de alguma forma, estamos revivendo aquele momento e aquelas emoções”, adianta Violeta. “Em cada apresentação, buscamos criar uma composição a partir de sete estruturas coreográficas, das vinte e uma que existem. Então, partimos do princípio: ‘O que você quer lembrar hoje?’ ou ‘O que você está vivendo hoje?’ para assim elaborarmos um espetáculo no qual sempre vamos ter uma nova composição”, completa a artista.

Destaque no cenário artístico brasileiro, o coletivo nomeiodeparacom, aprovado no Fundo Multilinguagens, da Lei Municipal de Incentivo a Cultura de BH, desde abril de 2024, está circulando por centros culturais da capital mineira com o projeto “Circulação nomeiodeparacom 10 Anos”. A primeira série de apresentações foi com o espetáculo homônimo. Já a segunda leva foram as apresentações, em maio deste ano, com a montagem “A Jogada”. As encenações de “Primeiro Tempo de Algo” encerram a temporada do primeiro semestre.

Para o segundo semestre deste ano, o coletivo nomeiodeparacom pretende levar os espetáculos autorais para outros espaços da capital mineira. Aprovado na Lei Paulo Gustavo, o grupo busca ampliar o acesso à arte, compartilhando reflexões, experiências e provocando questionamentos.

ESPETÁCULO “PRIMEIRO TEMPO DE ALGO”

20/06, às 19h30: Centro Cultural Venda Nova (rua José Ferreira dos Santos, 184, Jardim dos Comerciários)

22/06, às 19h: Centro Cultural Urucuia (rua W-3, 500, Pongelupe)

Entrada Gratuita (não é necessário retirar ingressos)

Mais informações: https://www.instagram.com/nomeiodeparacom/

FOTO LEO SALVO/DIVULGAÇÃO

HÁ UMA DÉCADA IMPACTANDO A VIDA DOS JOVENS

Em 2024, o coletivo nomeiodeparacom celebra uma década de trajetória artística marcada por inovação e dedicação. O nome do coletivo é uma peculiaridade à parte, sendo muito mais do que uma simples junção das preposições “no meio”, “de”, “para” e “com” — sim é um jogo de palavras que reflete a essência da proposta do grupo: desenvolver dramaturgias de dança voltadas especificamente para as juventudes.

Fundado em 2012 por Gabriel Felippe, Johnny Cezar, Joana Wanner, Joelma Barros e Violeta Penna, em BH, o coletivo surgiu da necessidade de explorar uma nova abordagem na dança, direcionada ao público jovem. A percepção da diferença na fruição dos espetáculos levou esses artistas a questionar e a se lançar na busca por uma estética, uma dramaturgia e uma dança genuína, capazes de dialogar de forma singular com esse público.

“Esse é um momento muito especial pra gente. Essa ideia de completar uma década de trabalho, essa pesquisa que se baseia na dança e nas juventudes, que sempre foi uma questão muito importante para nós. Nesses anos, viemos aprofundando nessa pesquisa e essa circulação aponta para gente exatamente o momento que a gente consegue vislumbrar todo nosso trabalho e caminho percorrido. É especial ver, depois de 10 anos, um trabalho de uma pesquisa de dança, consolidada e com características próprias”, frisa Violeta.

Ao celebrar uma década de existência, o produtor do coletivo, Johnny Cezar, destaca que os integrantes estão transbordando de alegria e gratidão. Segundo ele, cada espetáculo, cada experiência compartilhada com o público, cada desafio superado ao longo desses anos foi uma fonte de inspiração e aprendizado. “Estamos muito felizes de poder levar nosso trabalho para o público e acredito que é muito importante ter essa reflexão de onde chegamos nesses 10 anos, pois quando começamos éramos jovens e vivíamos um outro momento. Hoje, mais maduros, vemos a importância de levarmos para a cena diálogos que, talvez agora com o avanço da tecnologia, não temos. Muitos desses diálogos são em comum com o público”, destaca.

E para comemorar essa jornada incrível, o coletivo nomeiodeparacom decidiu presentear o público com a circulação gratuita de três espetáculos que representam o ápice de sua arte e dedicação. “O coletivo tem como principal foco discutir questões relacionadas à juventude, daí a junção de seu nome, estando no meio de jovens, para jovens e com jovens. Sendo assim, em nossos espetáculos buscamos uma linguagem própria em dança para nos relacionar com esse público em específico, por isso a importância de tê-los na plateia”, finaliza Joana Wanner, que integra o elenco de alguns dos espetáculos e estará presente em toda a circulação do grupo.