Estudos mostram os benefícios da relação entre humanos e animais de estimação
No dia Mundial dos Animais, pesquisas globais indicam que o vínculo entre tutores e pets impacta de forma positiva a saúde de ambos
São Paulo, 03 de outubro de 2024. O Dia Mundial dos Animais, comemorado em 04 de outubro, foi criado para alertar à sociedade sobre a necessidade de defesa e de preservação de todas as espécies e do meio ambiente.
A Zoetis, líder mundial em saúde animal, apresenta dois estudos que tratam da relação humano-animal. O Relatório sobre o Laço Humano-Animal, desenvolvido em parceria com a Federação das Associações Veterinárias de Animais de Companhia Europeias (FECAVA) e o Instituto de Investigação do Laço Humano-Animal, que teve como objetivo chamar a atenção das lideranças políticas, uma vez que este é um ano eleitoral em vários países da União Europeia e nos EUA, para o desenvolvimento de políticas públicas direcionadas aos cuidados com animais de estimação. E o estudo, intitulado “O vínculo universal entre animais e humanos”, em parceria com o Instituto de Pesquisa de Vínculo Humano-Animal (HABRI), feito com 18 mil donos de animais de estimação e 1.350 veterinários em quatro continentes e nove países.
Na pesquisa HABRI, a maioria das pessoas entrevistadas relatou benefícios à sua saúde ligados à posse de animais de estimação. O levantamento também identificou que quanto mais forte o vínculo do tutor com seu pet, maiores são os cuidados dedicados a eles, o que impacta positivamente na saúde dos animais.
Os estudos usam como pano de fundo a Década do Envelhecimento Saudável das Nações Unidas e a Estratégia de Saúde Mental da União Europeia, com vistas a estimular o fortalecimento da relação entre humanos e seus pets, considerando que a ciência já provou os benefícios dessa amizade para a saúde e bem-estar de ambos. Dentre os tutores de pets, participantes da pesquisa do HABRI, 88% dizem que ter um animal de estimação impactou sua saúde (física ou mentalmente) de modo positivo.
O primeiro estudo sugere que os tutores de animais de estimação em todo o mundo estão altamente empenhados em manter o vínculo com os seus pets. No entanto, esse vínculo seria mais garantido por meio de uma abordagem holística dos cuidados e de políticas que dessem suporte à adoção de pets. Para isso, o relatório aponta que parcerias intersetoriais entre médicos- veterinários, abrigos de animais e a indústria de animais de estimação com organizações sociais e de saúde pública poderiam contribuir para o acolhimento dos pets em mais lares.
A pesquisa do HABRI, confirma uma tendência mundial ao estreitamento desse laço, para 43% dos entrevistados, os pets são como membros da família, outros 34% entendem que seus animais de estimação são como filhos. “Os animais de companhia acompanham seus tutores ao longo das diferentes fases da sua vida e o impacto positivo do vínculo entre eles é reconhecido pela ciência e está presente em todos os grupos demográficos”, assinala Ana Both, médica-veterinária e gerente de produtos da Zoetis.
As mudanças demográficas, o aumento dos níveis de renda e a pandemia da COVID-19 levaram mais pessoas a adquirir animais de estimação. Como resultado, a convivência com os pets tem aumentado a nível mundial, especialmente nas famílias da geração Y. Estima-se que existam cerca de 127 milhões de gatos e 104 milhões de cães vivendo na UE, sendo que 46% dos lares possuem um animal de estimação. Em 2022, estimava-se que 91 milhões de lares europeus possuíam pelo menos um pet.
No Brasil, o último Radar Pet realizado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) em 2019, revelou que 63% dos lares com poder socioeconômico A,B e C, possuíam cães e 54% possuíam gatos. Ficou demonstrado também que a cultura de aquisição de cães e gatos difere. A compra é muito mais comum quando se trata de cães. Já a adoção, em especial o resgate, é mais frequente entre os tutores de gatos. Porém, a adoção, segundo o estudo, é uma tendência para ambos.