Feira do Mercado Afro movimenta aniversário do Mercado Central com valorização da arte e da cultura negra
A feira também faz parte da Semana de Enfrentamento ao Racismo 2022 e foi desenvolvida em conjunto pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Segurança Alimentar e pela Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, para comemorar o dia 13 de maio, data oficial da Abolição da Escravatura, com um significado de liberdade, luta e de resistência contra o racismo.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho e Segurança Alimentar, Daniela Tiffany Prado de Carvalho, “a feira não é importante apenas como um espaço de consumo e de economia solidária. Ela é também uma oportunidade de resgatar a identidade de um povo, de discutir a história, de realizar um encontro para as pessoas entenderem e perceberem, de outra forma, a cultura, a vestimenta e a comida afro, enfim, todos os elementos de beleza, arte, cultura e de resistência. É um espaço para afirmar que a luta pela liberdade é diária”.
Para o superintendente de Política para a Promoção da Igualdade Racial, João Pio, “a feira é fundamental para fortalecer o empreendimento de homens e mulheres negras contagenses, gerando oportunidades de promoção da igualdade racial e de valorização da cultura negra no município”.
Com uma diversidade de produtos afro-brasileiros, a feira ofereceu artesanatos, bordados, roupas, tecidos africanos, turbantes, brincos, colares, produtos e cosméticos para cabelos afro, licores, geleias, temperos e comidas afro.
Para a empreendedora social e cabeleireira Eulalia Mendes, do Salão Amada Power, “a feira é uma grande oportunidade de dar visibilidade à cultura afro e de valorizar a identidade negra. “Aqui temos a oportunidade de mostrar o nosso trabalho, a potência, a beleza e o valor do cabelo crespo”, disse.
O empreendedor Rildo Narcizo, que vende geléias e licores, também concorda que a feira dá uma grande abertura para valorização e para a diversidade do mercado negro. “A feira fortalece, abre mercados e desfaz preconceitos. Esta segunda edição foi ainda melhor, com maior visibilidade e com muita gente circulando no mercado”, elogiou.
A dona de casa Jane Lúcia não conhecia o mercado central e gostou muito da feira afro e dos produtos. “O mercado afro oferece muitos produtos, a feira tem muita coisa bonita, tem muita cor, música, cultura e movimento. Estou gostando muito de tudo”, disse.
Dentre as atrações culturais de sábado, o destaque foi o desfile do Grupo de Folia de Reis do Nossa Senhora da Paz, do bairro Industrial, que entrou caminhando e circulando por todas as alas do Mercado Central. Também teve apresentação do Coral do “Programa Contagem na Maturidade” e Oficina de Macramê e de Cabaça de biscuit. Das 12h às 14h, o palco principal apresentou o show “Samba de Roda Moinho”. Na parte da tarde, aconteceram as Roda de Conversa sobre valorização da cultura negra e identidade, cabelo e resistência.
Aniversário de 33 anos do Mercado Central de Contagem
As festividades que mesclam arte, cultura e tradição são uma promoção da própria gestão do mercado e parceiros, com participação da Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social. A festa teve apresentações diversas como samba de roda, danças, oficinas para adultos e crianças, roda de conversa com escritores de temas afros, além de celebrações na Capela de São Judas Tadeu, que fica dentro do mercado.
O encerramento, no domingo, foi com um grande show de samba com a cantora Adriana Araújo e Banda. A programação teve ainda oficina de Abayomi (bonecas de pano), e as exposições temáticas: Cartão de Visitas – fotografias de Robert Nonato e menção honrosa a Yemanjá – Odum Orixás – 50 anos.
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