Ministra Cármen Lúcia e pesquisador do Reino Unido fazem conferências na UFMG sobre desinformação
O Programa UFMG de Formação Cidadã em Defesa da Democracia promove duas conferências na próxima semana. Na segunda-feira, 4 de novembro, às 10h30, será a vez de Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ministra falará, no auditório da Reitoria, campus Pampulha da UFMG, sobre o combate à desinformação e às fake News. Na quarta-feira, dia 6, o professor Dani Madrid-Morales, da Universidade de Sheffield (Reino Unido), tratará de ameaças relacionadas a eleições e desinformação em quatro democracias africanas. O pesquisador fará sua apresentação às 14h, no auditório 102 do Centro de Atividades Didáticas 3 (CAD 3).
Cármen Lúcia volta à Universidade para falar do combate à desinformação, como fez no evento que, em abril de 2023, apresentou os projetos de pesquisa vinculados ao Programa UFMG de Formação Cidadã em Defesa da Democracia. A iniciativa foi lançada em setembro de 2022 para reunir projetos que, por diferentes caminhos, combatam a desinformação que afeta a política, a saúde pública, a educação e os direitos humanos, entre outros campos. O programa foi criado em atendimento a chamada do STF.
Professor da Escola de Jornalismo, Mídia e Comunicação da Universidade de Sheffield (Inglaterra), Dani Madrid-Morales dirige na instituição o Disinformation Research Cluster. Ele pesquisa comunicação política global com foco em desinformação no Sul Global. A conferência de Madrid-Morales integra a 1ª Jornada Internacional da Rede de Estudos sobre Democracia e Desinformação (Redd), vinculada ao Instituto de Estudos Transdisciplinares (IEAT) da UFMG e ao Programa UFMG de Formação Cidadã em Defesa da Democracia.
Terceiro momento
O Programa UFMG de Formação Cidadã em Defesa da Democracia está em seu “terceiro momento”, segundo a professora Geane Alzamora, do Departamento de Comunicação Social, uma das coordenadoras da iniciativa. Depois do movimento de implementação, há dois anos, o programa reuniu os projetos da UFMG que trabalham com a desinformação, seja no ensino, na pesquisa ou na extensão, nas diversas áreas de conhecimento e unidades acadêmicas. Hoje são 22 as iniciativas vinculadas.
“Chegou o momento de amadurecimento do programa, e a participação do Dani Madrid-Morales representa o esforço em busca da articulação de redes internacionais. Estamos mapeando projetos e as temáticas que têm mobilizado grupos dentro e fora do Brasil”, conta a coordenadora, que atua nessa função com os professores Fábia Lima, também do Departamento de Comunicação Social e diretora Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG, e Carlos Alberto Ávila Araújo, da Escola de Ciência da Informação.
Geane revela planos de abrir mais uma chamada para a incorporação de novos projetos da Universidade e de criar uma cátedra sobre o assunto – em conjunto com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) –, que teria o título de A desinformação na era da inteligência artificial generativa. O objetivo é aprimorar os conhecimentos interdisciplinares sobre o tema da desinformação.
A Reitoria acaba de instituir o Comitê Gestor do Programa de Formação Cidadã, composto dos professores Ricardo Fabrino Mendonça, do Departamento de Ciência Política da Fafich, Emílio Peluso Neder Meyer, do Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito, Fabrício Benevenuto de Souza, do Departamento de Ciência da Computação do ICEx, e Crissia Carem Paiva Fontainha, que integra a Diretoria da Faculdade de Medicina. Esse grupo ficará encarregado de cuidar da expansão internacional, conceber eventos e pensar outras possibilidades de atuação do programa.
Em agosto deste ano, foi lançado pela Editora UFMG o livro Desinformação e contemporaneidade: democracia, ciência e vida social, que reúne relatos de atividades dos projetos reunidos pelo programa e artigos que oferecem visões jurídicas sobre o tema.
Conheça a programação da 1ª Jornada Internacional da Rede de Estudos sobre Democracia e Desinformação (Redd) e saiba mais sobre Dani Madrid-Morales em texto de Itamar Rigueira Jr. para o portal UFMG.