O que podemos aprender com os atletas olímpicos

O que podemos aprender com os atletas olímpicos

Professor da Una destaca os ensinamentos na área de Gestão de Pessoas

O mundo do esporte de alto rendimento, como nas Olimpíadas, e o ambiente corporativo possuem muito em comum. A busca pela excelência, a gestão de tempo e a capacidade de lidar com a pressão são apenas alguns dos exemplos. Para alcançar o pódio olímpico, os atletas desenvolvem habilidades e competências que podem ser aplicadas em diversas áreas da vida, inclusive no trabalho.
Felipe Gouvêa Pena, coordenador do Curso de Administração da Una, Professor e Consultor Organizacional na área de Gestão de Pessoas, defende a importância da disciplina e da motivação para alcançar o alto rendimento, tanto no esporte quanto na vida profissional. “Quando falamos em alta performance, abordamos foco, disciplina e o desempenho de excelência, que é algo intrínseco e muito relacionado à motivação. No caso das equipes, tentamos identificar qual é o sentido daquela atividade e como isso se converte em engajamento. A discussão sobre performance está muito ligada ao aperfeiçoamento contínuo, que é relevante na perspectiva de competitividade no mercado de trabalho”.
O docente aponta as principais lições que os profissionais do mercado de trabalho podem aprender com os atletas olímpicos. “Vários estudos comprovam que a efetiva integridade do atleta diante de suas metas só é possível quando há equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Há casos recentes relacionados à saúde mental, como a ginasta Simone Biles, uma das melhores de todos os tempos no seu esporte, que diante das pressões, optou por não competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Avalio que neste exemplo há um choque entre aquilo que é uma necessidade do ser humano e o que é uma exigência do mercado, que sempre vai cobrar mais desempenho, mas isso tem um custo”.
Ou seja, acrescenta o professor, se o propósito do profissional não estiver muito claro, se não fizer sentido e não houver um amparo psicológico, será fundamental alterar essa perspectiva e encontrar um novo foco viável para a saúde mental dos colaboradores”.
A força do time

Felipe explica como o trabalho em equipe, comum em esportes de alto nível, pode ser aplicado no ambiente corporativo. “É muito comum associar essa questão com os esportes, por causa da ideia de time, que tem o mesmo objetivo demarcado por metas e trajetórias que vão convergir para o resultado no final. Sabemos que atletas de alta performance têm uma capacidade de mentalização e visualização de resultados em curto, médio e longo prazo. Isso é feito sempre com uma perspectiva de desenvolvimento e de melhoria contínua, para encontrar estratégias e se manter no nível de competitividade. Este processo está ligado também ao Lifelong Learn, ou aprendizagem ao longo da vida, atributo essencial em um mercado que nos cobra cada vez mais resultados e diferenciação”.
Segundo o especialista, a capacidade de se adaptar a novas situações e desafios pode ser muito útil na vida profissional. “Um atleta de alta performance está preparado para lidar com as adversidades. Tem sido muito discutido, principalmente na área de gestão de pessoas, que a única certeza é a mudança. E os esportistas olímpicos devem estar sempre preparados para lidar com a alteração dos cenários em jogo. Também o é muito importante o sentido de alerta, a necessidade de entendimento do que está sendo feito no mercado e das melhores práticas. Uma definição de metas pode levar você até seu objetivo. Mas, não pense nelas como pontos fixos, e sim, como uma perspectiva para desenvolver as melhores trajetórias e alcançar os resultados de forma eficiente, otimizando os recursos e não apenas ficar simplesmente finalizando as tarefas”.
O professor ensina que existe um conceito chamado Neurose da Excelência, mas esta perspectiva de excelência tem um preço. “E esse preço, muitas vezes, está relacionado ao impacto na saúde das pessoas. Por que buscamos a excelência, para além da hiper competição, na sociedade em que vivemos? Vale pensar e avaliar as escolhas que fazemos sobre isso. Percebemos que os atletas olímpicos, que conseguem se manter em alta performance durante muito tempo, são pessoas que têm um apoio psicológico muito forte e conseguem revisitar constantemente suas metas para alcançar os objetivos de longo prazo”.
Sobre a Una

Com mais de 60 anos de tradição em ensino superior, o Centro Universitário Una, que integra o Ecossistema Ânima – maior e mais inovador ecossistema de qualidade de ensino do Brasil, oferece mais de 130 opções de cursos de graduação. Foi destaque na edição 2022 do Guia da Faculdade, iniciativa da Quero Educação com o jornal ‘O Estado de São Paulo’, com diversos cursos estrelados em 4 e 5 estrelas. A instituição preza pela qualidade acadêmica e oferece projetos de extensão universitária que reforçam seus pilares de inclusão, acessibilidade e empregabilidade, além de infraestrutura e laboratórios de ponta, corpo docente altamente qualificado e projeto acadêmico diferenciado com uso de metodologias ativas de ensino. A Una também contribui para democratização do Ensino Superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos de educação.

 

 

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