Saúde alerta para prevenção e diagnóstico da esporotricose

Saúde alerta para prevenção e diagnóstico da esporotricose

Tutores de animais, especialmente de gatos, devem ficar atentos quanto à prevenção e ao diagnóstico da esporotricose, uma zoonose transmissível também para as pessoas. A Unidade de Vigilância e Controle e Zoonoses – UVZ Contagem é referência no exame de diagnóstico da esporotricose e pode auxiliar o tutor do animal contaminado com as informações para a correta condução da doença.

A esporotricose é uma micose causada pelo fungo da espécie Sporothrix schenckii, que habita a natureza e está presente no solo e na vegetação. Além de atingir várias espécies de animais, principalmente gatos, ela ainda pode ser transmitida ao ser humano.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, José Renato Costa, a doença é cada vez mais emergente no Brasil, em Minas Gerais e também em Contagem, e a falta de conhecimento é um dos principais fatores agravantes. Desse modo, a educação em saúde e disseminação de informações para a população, são pontos fundamentais para o seu controle.

Transmissão e sintomas 

O fungo, geralmente, entra no organismo por meio de pequenas lesões na pele. Ele é encontrado em plantas, nas cascas de árvores, espinhos e madeiras, e sua transmissão também pode ocorrer por meio do contato com objetos ou ambientes contaminados.

Nos animais, as lesões começam comumente nas patas, cabeça ou base da cauda, às vezes na região da boca e dos olhos. Elas são semelhantes às feridas causadas em brigas de animais, o que pode confundir o proprietário do animal. Os primeiros sintomas são área avermelhada e com pus, que cresce e se abre em forma de feridas que não cicatrizam, parecendo úlceras. No último estágio da doença, a infecção se espalha pelo organismo e afeta os órgãos, causando falta de apetite, febre, apatia, o que pode levar ao óbito do animal.

Prevenção 

O tratamento é demorado, sendo feito com antifúngicos e antibióticos. Quanto mais rápido a esporotricose for diagnosticada, melhor a eficácia do tratamento.

Atualmente, não há vacina contra a doença, sendo a prevenção o melhor caminho. Diante disso, adotar boas práticas como higienizar ambientes, animais, evitar que os animais saiam de casa sem supervisão ou que entrem em contato com animais contaminados, são alguns dos hábitos essenciais.

Caso o animal seja diagnosticado, o comprometimento com o tratamento até o fim, mesmo com melhora dos sintomas, é fundamental para garantir a interrupção do ciclo de transmissão.

O superintendente José Renato afirmou que “se a população tiver dúvida sobre esse diagnóstico, pode procurar a Unidade de Vigilância de Controle de Zoonoses de Contagem, para não só levar os animais com sintomas característicos da doença, como obter mais informações. A UVZ está apta para fazer o diagnóstico e orientar para condução da doença”.

 Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses – CCZ   

 Endereço – Av. João César de Oliveira, 4665 – Eldorado

Telefone – (31) 3351-3722

Autor: Repórter Laura Oliveira/PMC