Vacinação: a melhor defesa para crianças no retorno às aulas
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Garantir o calendário vacinal atualizado é essencial para prevenir doenças comuns no ambiente escolar e proteger a saúde
Com a volta às aulas, especialmente para as crianças que frequentam a escola pela primeira vez, o contato próximo com outros colegas e a permanência em ambientes fechados aumentam a exposição a vírus e bactérias. Uma pesquisa da plataforma de saúde escolar Coala Saúde, baseada em 1.250 atendimentos de telemedicina, realizados com estudantes de 82 escolas de todas as regiões do Brasil, revelou que doenças infectocontagiosas, como conjuntivite, gripe e gastroenterite são as principais causas de afastamento das crianças das salas de aula, principalmente na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental.
Entre os casos analisados, a conjuntivite lidera o ranking, sendo responsável por 18,1% dos afastamentos. Em seguida, aparecem as síndromes gripais (12,5%) e a gastroenterite (10,4%). Outras doenças, como a Síndrome Mão-Pé-Boca e a escarlatina, também impactam a frequência escolar, representando 4,7% dos casos cada.
A pediatra cooperada da Unimed-BH, Marcela Damásio, explica que, quadros infecciosos são comuns no período de adaptação escolar. “É comum que as crianças fiquem doentes quando começam a frequentar o ambiente escolar. Contudo, os pais devem estar atentos a sinais de gravidade como febre alta persistente, prostração e dificuldade para respirar. Nesse caso, recomenda-se avaliação médica imediata”, alerta.
Prevenção
De acordo com a médica, a melhor forma de prevenir e/ou reduzir os efeitos das doenças infecciosas é por meio das vacinas. “Elas previnem inúmeras doenças graves, que podem levar à morte ou causar sequelas. Por isso, é fundamental lembrar que quem provoca o sofrimento são as doenças e não as vacinas. Se os pais realmente querem cuidar da saúde dos seus filhos, um dos melhores caminhos para isso é manter o cartão vacinal sempre atualizado”, ressalta.
Além da vacinação, hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física regular, boa hidratação e higiene adequada ajudam a fortalecer a imunidade e minimizar os riscos de infecções. “Crianças que consomem frutas, cereais integrais, proteínas e evitam alimentos ultraprocessados e com alto teor de açúcar têm maior capacidade para enfrentar os agentes causadores de doenças”, explica a médica.
Para reduzir a exposição no ambiente escolar, a higienização frequente das mãos deve ser um hábito incentivado. Ambientes limpos e bem ventilados também ajudam a reduzir a propagação de vírus e bactérias. “A escola é um espaço importante de socialização e estímulo, mas é essencial que ofereça condições adequadas para esse convívio e que as crianças estejam imunizadas para aproveitarem esse momento de forma segura”, conclui a pediatra.
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